quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Desafio livros e seus filmes 2014: A Menina que Roubava Livros (Filme)

A menina que roubava livros é minha primeira resposta ao desafio livros e seus filmes 2014, criado pela Nine Stecanella, do Estante da Nine. Não sei se continuarei com as próximas obras, mas essa primeira experiência já valeu muito a pena.

Geralmente, quando assisto um filme interessante e descubro que ele foi inspirado em um livro, tenho uma vontade ardente de ler o livro também. Até então nunca havia tido problemas também em assistir filmes após a leitura do original impresso. Dessa vez, contudo, foi diferente. O livro por si só  me bastou. Gostei tanto dele que não precisava de mais nada. Meu interesse pelo filme diminuiu drasticamente, quase morreu, ao fim da última página lida.

Depois de muita relutância (na verdade, falta de vontade mesmo) assisti o filme este fim de semana. O problema começou já nas primeiras cenas. Desde os primeiros segundos de exibição já comecei a "fechar a mente". Me vi recebendo com desconfiança cada imagem e diálogo, como se todos eles fossem uma traição ao que estava escrito. Isso acabou prejudicando um pouco minha experiência. Afinal, foi ruim? Não. Do jeito que estou falando, parece até que não gostei, mas gostei realmente do filme, apesar de tudo.

O filme é primoroso, digno da obra que o inspira. A fotografia é impecável. A obra cinematográfica traz tons frios, vemos com muita frequência cores pastéis e preta, quem conferem um ar soturno, melancólico ao filme, porque é o que se espera. A caracterização das personagens é bela. Com relação ao trabalho artístico da obra, não tenho nada a acrescentar que desmereça tal esmero, meu problema foi a adaptação.

Seria muita ingenuidade da minha parte acreditar que seria possível transmitir com a mesma riqueza de detalhes e fidelidade um livro para a tela de cinema. A gente sabe que existe um trabalho árduo de adaptação e as mudanças são imprescindíveis para a viabilidade do projeto artístico. Tudo tem que ser construído para agradar aos fãs e recuperar o investimento. Tudo bem, eu aceito. Nunca me incomodei. Até agora.

Não consegui me envolver com a história, porque estava apegada demais às diferenças. As mudanças me incomodaram. Na minha opinião, alguns detalhes que foram suprimidos ou modificados eram cruciais para a história, retirá-los empobrece a obra. Me senti assim: roubada.

Não gostei também da apresentação de alguns personagens, que em muitas ocasiões não me remetiam ao original. Não me refiro às características físicas, mas à psicologia por trás da cena, a construção afetiva e emocional da pessoa que está sendo representada. Achei extremamente positivo o fato de terem mantido o narrador, mas até a morte me desapontou. No livro ela é tão angustiada, sofrida, amargurada, na tela ela só me parecia o que ela era, um narrador de filmes. A voz não imprimiu o sentimento que as palavras carregavam.

Destaco as atuações de Geoffrey Rush, Emily Watson e Sophie Nélisse (respectivamente, Hans e Rosa Hubermann e Liesel Meminger) que foram impecáveis, conferindo vida, personalidade e veracidade aos seus personagens. Tudo neles, gestos e expressões, foram na medida.

Apesar de eu ter "descido a lenha", até o momento, foi o melhor filme que assisti em 2014. O colocaria facilmente em um top 10 ou top 5 de filmes. É lindo, emocionante e cativante. Só lamento não ter me envolvido muito, não pela obra em si, mas por questões minhas. Recomendo muitíssimo, mas continuo achando o livro bem melhor.


Título original: The Book Thief
Direção: Brian Percival.
Elenco: Geoffrey Rush, Emily Watson, Sophie Nélisse, Ben Schnetzer, Nico Liersch e outros.
Ano: 2014





E aí, o que vocês acharam?

Quem tiver assistido e quiser comentar aqui comigo, vou ficar super feliz em ler os comentários de vocês.

Obrigada pela visita. Volte sempre!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

28 coisas que eu aprendi durante meus 28 anos de leitora

Bom dia!

Há alguns dias eu vi um post muito interessante no blog O Batom de Clarice, nele a Juliana Gervason compartilhava suas lições como leitora durante toda a sua vida. Quem quiser conferir, acessa aqui: http://www.obatomdeclarice.com/2014/01/34-coisas-que-eu-aprendi-durante-meus.html.

Eu gostei muito e resolvi fazer minha adaptação desse post.


28 coisas que aprendi durante meus 28 anos de leitora

  1. Gosto muito de ler, mas sempre irei ler menos do que gostaria.
  2. Sempre tenho uma lista enorme de livros que quero muito ler.
  3. Chega um momento em que vou querer ler mais o que já tenho e comprar menos.
  4. Acompanhar blogs e vlogs literários dificulta o desejo de comprar menos livros.
  5. Ter meu próprio blog me faz mais resistente a vontade de adquirir livros.
  6. Ter um blog, realmente, me estimula a ler mais.
  7. Não tenho preconceitos literários, mas não gosto do gênero erótico ou de auto-ajuda.
  8. Biografias me agradam.
  9. Também gosto de literatura cristã.
  10. Gosto de livros grossos, porque me faz sentir que minha experiência de leitura não vai acabar.
  11. Mas, atualmente, tenho preferido livros curtinhos.
  12. Quando termino a última página de um livro, infelizmente esqueço detalhes importantes da obra. Assim, imediatamente.
  13. Ler várias vezes o mesmo livro me ajuda muito a fixar a história que acabei de ler.
  14. Gosto de capas bonitas. No entanto, elas não me causam tanto impacto, porque não deixo de comprar um livro por causa de uma capa feia (se já conheço o enredo, óbvio).
  15. Títulos legais fazem meu coração bater mais forte.
  16. Visita a uma livraria coloca um sorriso em meu rosto. Às vezes, um biquinho de decepção, se não compro nada.
  17. Mesmo quando estou sem comprar livros, gosto de ver as promoções.
  18. Tenho muito apego pelos meus livros.
  19. Não empresto livros. Nem para minha mãe. Talvez para ela eu empreste... Ter me colocado no mundo permite que ela tenha algumas regalias. Mas é só uma talvez. Pronto.
  20. Gosto de livros velhos. Gosto de saber que eles têm uma história e que começou antes de mim.
  21. Também gosto, exageradamente, de livro novo, do cheirinho dele...
  22. Não tenho problemas com e-readers (kindle, kobo, etc), mas não consigo me envolver tanto quanto com livros físicos.
  23. Fico super ansiosa quando compro livros pela internet. Tenho que rastrear o pedido todos os dias.
  24. Me sinto orgulhosa quando consigo sair de uma livraria sem comprar nada.
  25. Prefiro livros em capa dura, mesmo que tenha que pagar mais caro por eles.
  26. Tenho uma paixão, nada secreta, pelas edições da Cosac Naify.
  27. Não me incomodo de juntar dinheiro um ano inteiro, se preciso, para aproveitar uma boa promoção de obras literárias.
  28. Tenho pena de gastar minhas economias com roupas, sapatos e acessórios, mas não com livros.

É isso, pessoal! Tenham um ótimo domingo!

Beijicos


sábado, 1 de fevereiro de 2014

Balanço do mês: Janeiro

Oi pessoal, tudo bem com vocês?

Depois de um bom tempo afastada do blog, voltei com um post curtinho (ou não), para fazer o resumo do mês. Neste post falo sobre o que andei lendo em janeiro, possíveis leituras e o que tenho de novidade.

Bora lá?